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Reflexologia

É uma técnica terapêutica que trabalha com princípio de pressão em áreas específicas dos pés correspondentes a órgãos, glândulas e estruturas de nosso corpo, visando enviar por meio dos feixes nervosos estímulos para áreas especificas do Sistema Nervoso Central para que acione mecanismos naturais de equilíbrio das áreas físicas correspondentes.

Os estímulos percebidos pelos nervos periféricos dos pés são transmitidos por feixes nervosos aferentes, passando pela coluna até chegar ao cérebro onde ativam “programas” neurológicos que visam aferir e restabelecer o equilíbrio das áreas reflexas estimuladas.

Estes “programas” estão em contato direto com os órgão, glândulas e estruturas fisiológicas por meio de sensores nervosos. Os programas monitores, quando alertados pelo incomodo de uma dor percebida pelo estímulo nas áreas reflexas nos pés, mandam sinais neuroquímicos de resposta, alterando à dinâmica de seu funcionamento.

 

Tudo isto se baseia na informação que temos um padrão de saúde, mas devidos a fatores mentais, emocionais e ambientais (sono, alimentação, fadiga, etc.) estes programas acabam não mais atuando de modo assertivo.

Em decorrência dos estímulos,  a programação irá atuar de modo a sedar ou tonificar o órgão afetado, desta forma, é possível tonificar o que está sedado e sedar o que está sobrecarregado. Por analogia, é o mesmo que ocorre com um motor de carro que, pelo uso, começa a gastar mais combustível em decorrência do sistema de injeção ter se desequilibrado e precisa de um ajuste para retornar ao ponto de equilíbrio. 

Com o passar de algumas sessões, a homeostase é ajustada para o padrão de saúde correto.

A reflexologia não tem por objetivo diagnosticar nenhum tipo de enfermidade, e, muito menos, pode substituir um tratamento convencional, mas pode contribuir muito para a recuperação da saúde e ainda pode atuar diretamente no tratamento de problemas emocionais. Também ajuda o terapeuta e seu interagente a entender as causas da enfermidade por meio da avaliação de sinais que estão registrados nos pés (pintas, linhas, descamações, bolhas, calos, cor da pele, saúde das unhas e o alinhamento de dedos) e da verificação de sensibilidade à dor de pontos reflexos relativos a diversos órgãos, glândulas e estruturas fisiológicas.  

 

As informações iniciais levantadas pela ficha de anamnese sobre a queixa do paciente (interagente) e a analise dos sinais verificadas nos pés ajudam ao terapeuta a formular perguntas, onde as respostas dadas irão dizer muito sobre os motivos pelos quais os sintomas abordados tiveram origem. Por meio desta analise, o terapeuta monta uma terapêutica visando tratar a causa e não somente a doença e atenuar seus sintomas, sendo, portanto muito importante para o restabelecimento da saúde e consequentemente, da paz emocional.

Recomendada pela OMS (Organização Mundial da Saúde), e agora aprovada pelo Governo Brasileiro, a Reflexologia Podal é uma técnica natural de medicina integrativa, altamente eficaz de tratamento de saúde, não invasiva que restabelece o equilíbrio do organismo e promove a saúde física e emocional, atuando no alivio de dores e sintomas originados de fibromialgia, lombalgia, ciatalgia, espasmos musculares, Alzheimer, estresse, insônia, depressão, disfunção na articulação temporomandibular (ATM), sudorese, ansiedade, constipação, esclerose lateral amiotrófica (ELA), síndrome do pânico, entre outras. 

Estudos acadêmicos:

Irei citar três estudos que demonstram que os estímulos da Reflexologia provocam efeitos fisiológicos importantes: 

1) Um estudo de neurociência, por meio de ressonância magnética validou a informação que os estímulos dados em áreas reflexas específicas nos pés ativam as áreas correlatas no cérebro. Este estudo realizado na Universidade Tohoku, Japão comprovou que a relação entre atividade cortical no cérebro e a estimulação reflexológica é consistente. A estimulação reflexológica da área do reflexa dos olhos induziu atividade significativa na área de representação da face no córtex somatossensorial primário, bem como na área de representação do pé contralateral do giro pós-central. Essa atividade não foi afetada por pseudo-informação, ou seja mesmo quando o participante era avisado que seria realizado um estimulo na região reflexa dos olhos, mas recebia estimulo em outra região reflexa, a região da face no córtex somatossensorial não mostrava atividades nas imagens de tomografia. Trinta e dois voluntários japoneses saudáveis participaram deste estudo (Ref1).

2) Utilizando um Ultrassom com Doppler Colorido para aferir alterações do fluxo sanguíneo do rim direito durante a reflexologia podal, foram avaliados num estudo controlado por placebo, duplo-cego e randomizado 32 adultos jovens saudáveis (17 mulheres, 15 homens), aleatoriamente atribuídos ao grupo verum ou placebo. O grupo verum recebeu reflexologia do pé em zonas correspondentes ao rim direito e o grupo placebo foi tratado em outras zonas do pé. Antes, durante e depois da sessão de reflexologia, o fluxo sanguíneo de três vasos do rim direito foram aferidos utilizando a Ultrassonografia Doppler a cores. A velocidade de pico sistólico e a velocidade de pico diastólico final foram medidas em cm/s, e o índice resistivo, um parâmetro da resistência vascular, foi calculado. O índice resistivo no grupo verum mostrou uma diminuição altamente significativa (p </= 0,001) durante e um aumento (p = 0,001) após a reflexologia do pé. Não houve diferença entre homens e mulheres e não houve diferença entre fumantes e não fumantes. O grupo de Verum e placebo diferiram significativamente no que diz respeito a alterações do índice resistivo tanto entre os pontos de medição antes versus durante a reflexologia do pé (p = 0,002) como durante versus após a sessão (p = 0,031). A diminuição significativa do índice resistivo durante a reflexologia do pé no grupo verum indica uma diminuição da resistência do fluxo nos vasos renais e um aumento do fluxo sanguíneo renal. Estes resultados apoiam a hipótese de que a reflexologia do pé associado a órgãos é eficaz na alteração do fluxo sanguíneo renal durante a terapia. (Ref2)

3) Neste trabalho, o EEG (Eletroencefalograma) é registrado para vários estados mentais, como sujeitos em estado normal de repouso, sujeitos ouvindo música clássica, sujeitos ouvindo música rock e sujeitos com estimulação de reflexologia podal. O efeito da música e da estimulação reflexológica no sinal de EEG é estudado avaliando os parâmetros não lineares como Dimensão de Correlação, Entropia Aproximada, Maior Expoente de Lyapunov e Expoente de Hurst.

O EEG é um sinal representativo que contém informações sobre a condição do cérebro. A forma da onda pode conter informações úteis sobre o estado do cérebro. No entanto, o observador humano não pode monitorar diretamente esses detalhes sutis. Além disso, como os biossinais são altamente subjetivos, os sintomas podem aparecer aleatoriamente na escala de tempo. Portanto, os parâmetros do sinal de EEG, extraídos e analisados ​​por meio de computadores, são muito úteis no diagnóstico. Este trabalho discute o efeito no sinal de EEG devido à música e à estimulação reflexológica. Os resultados obtidos mostram que o EEG torna-se menos complexo em relação ao estado normal com um nível de confiança superior a 85% devido à estimulação, verifica-se que as medidas são significativamente menores quando os sujeitos estão sob estimulação sonora ou reflexológica em comparação com o estado normal. A dimensão aumenta com o grau de atividade cognitiva. Isso sugere que quando os sujeitos estão sob estímulos sonoros ou de reflexologia, o número de processos funcionais paralelos ativos no cérebro é menor e o cérebro vai para um estado mais relaxado. (Ref3)

Para saber mais, click aqui em assista ao vídeo [Reflexologia] Como os pés sinalizam o estado de nossa saúde.

Referências:

(Ref1) Miura, N., Akitsuki, Y., Sekiguchi, A. et al. Activity in the primary somatosensory cortex induced by reflexological stimulation is unaffected by pseudo-information: a functional magnetic resonance imaging study. BMC Complement Altern Med 13, 114 (2013). https://doi.org/10.1186/1472-6882-13-114

Published: 27 May 2013

Link do artigo: https://rdcu.be/b4xCX

 

(Ref2) Sudmeier, I & Bodner, Gerd & Egger, I & Mur, Erich & Ulmer, Hanno & Herold, Manfred. (1999). [Changes of renal blood flow during organ-associated foot reflexology measured by color Doppler sonography]. Forschende Komplementärmedizin. 6. 129-34. https://www.researchgate.net/publication/12838926_Changes_of_renal_blood_flow_during_organ-associated_foot_reflexology_measured_by_color_Doppler_sonography

(Ref3) Natarajan, K., Acharya U, R., Alias, F. et al. Nonlinear analysis of EEG signals at different mental states. BioMed Eng OnLine 3, 7 (2004). https://doi.org/10.1186/1475-925X-3-7

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